março 31, 2006

Mudanças



Muda-se o template, mantêm-se as convicções. Nota-se, não?

março 28, 2006

Simplex?



Para mim, simplex é um algoritmo para determinação do extremo da função objectivo em Programação Linear.

O pior videoclip de sempre



Não sou especial fan do Markl, muito pelo contrário, mas este link vale ouro...

março 24, 2006

Finalmente, um lagarto que percebe...



Não vejo horizonte de hipotéticas circunstâncias que levem o Sporting e o sportinguista médio a deixarem de ser entidades patéticas. Nem vive nem está morto nem nascerá no futuro próximo um único sportinguista que não tenha ficado contente com o jogo de ontem. O Dias Ferreira, na Sic Noticias, era a felicidade em pessoa. Foi um "jogo equilibrado", fomos "uma equipa tranquila", tivemos "azar", "faltou-nos aquela pontinha de sorte", roubaram-nos "um penalti", tudo dito como se falasse de um filho que acabasse de terminar o doutoramento e de comer a Uma Thurman. Perdemos nas grandes penalidades, com o Ricardo a adivinhar o lado contrário de todos os penaltis, o que não é para qualquer um.
Como é que se consegue criar um clube com estas características é que eu ainda não percebi. Ainda no outro dia dizia José Roquette com apoplético júbilo e cancerígeno orgulho que o melhor jogador do Benfica e máximo responsável pelos campeonato do ano passado e quartos-de-final da Liga dos Campeões deste ano foi um miúdo, Simão Sabrosa, criado no Sporting; que o melhor jogador do Porto e máximo responsável pelo campeonato deste ano do Porto é um jogador criado no Sporting, Ricardo Quaresma; que o melhor jogador dos anos oitenta, Futre, foi criado no Sporting; que o melhor jogador dos anos noventa foi Figo, um jogador criado no Sporting; que o actual melhor jogador nacional é Cristiano Ronaldo, criado no Sporting. E tudo isto para quê? Para ganharmos dois campeonatos de forma ridícula e absolutamente inglória e irmos a uma final europeia de uma Taça Uefa que pura e simplesmente não existe, e que perdemos em nossa casa, facto que é quase inédito a nível mundial em qualquer escalão de qualquer desporto.
A única vantagem que, ao que me parece, releva de interesse e valor para o Sporting deste misterioso estado de coisas é que o sportinguista percebe em média muito mais de futebol que qualquer outra pesssoa em Portugal e, estou em querer, no mundo. Não pode ser apenas por acaso que o Futre, o Figo, o Simão, o Quaresma e o Cristiano Ronaldo tenham saído daquela casa e não de outras, muito mais populosas (Benfica) ou raivosas (Porto). O sportinguista, por ter de viver sem esperança de glória ou orgulho aprende desde a mais tenra idade a subjugar-se ao desporto em si, à arte da coisa. Suponho que é isto, mas pode ser que nem isso seja.


maradona (com a vénia devida ao melhor blogger português)



Só discordo de um ponto: o sportinguista caracteriza-se, sobretudo, por não perceber nada de futebol. Ou é mulher, ou é homem e não liga a futebol, ou tem a mania que é cromo e adora jogadores como Dominguez, Sá Pinto e Dani, ou, por fim, tem a mania que é "bem" ser-se do Sporting.

março 23, 2006

Imprevistos musicais






Da primeira vez que vi imagens do Matisyahu, não conseguia acreditar no que estava a ver: um judeu ortodoxo a cantar? Depois de ver o clip então, mais incrédulo fiquei: um judeu ortodoxo a cantar reggae? Inaudito, sem dúvida!
Mas depois comecei a pensar... A matriz do reggae jamaicana é Ras Tafari, ou seja, é uma matriz também ela religiosa. E as imagens começaram a fazer cada vez mais sentido.
Confesso que não sou especialmente simpatizante dos judeus, especialmente porque não lhes reconheço a legitimidade de reclamarem uma terra que não é deles há cerca de 2000 anos, e pelo alarido à volta da sua triste sina. E foi com algum preconceito que ouvi com mais alguma atenção o King without a Crown. Mas esse preconceito esbateu-se. Gostei da música. Gostei da religiosidade da letra.
O que mais me intriga nisto tudo nem é a música em si. É a reacção que ela suscita em mim. Estando eu a caminhar a passos largos para o ateísmo militante, como é que acho cada vez mais interesse às discussões religiosas?

março 15, 2006

Música É Vida #7



Vês passar o barco
rumando pró sul
Brincando na proa
gostavas de estar
Voa lá no alto
por cima de ti
um grande falcão
és o rei és feliz

E quando tu
vês o Mississipi
tu saltas pela ponte
e voas com a mente

Nuvens de tormentas
estão por aqui
Cobrem todo o céu
por cima de ti
Corre agora corre
e te esconderás
entre aquelas plantas
ou te molharás

E sonharás
que és um pirata
tu... sobre uma fragata
tu... sempre à frente de um bom grupo
de raparigas e rapazes

Tu andas sempre descalço, Tom Sawyer
junto ao rio a passear, Tom Sawyer
mil amigos deixarás, aqui e além
descobrir o mundo, viver aventuras



Tom Sawyer, RTP

Nostalgia



Não consigo deixar ir a este site. É recordar as músicas dos desenhos animados da minha vida (He-Man, Tom Sawyer, Bocas, Cidades de Ouro)... Não consigo deixar de pensar que estou a ficar velho. Que nostalgia dos tempos em que a minha principal preocupação era levantar-me a tempo de ver os desenhos todos!

março 13, 2006

Violação clara das regras deste blog...

The Ox




Mas por outro lado, é por causa de jogadores como este que a minha equipa preferida é a África do Sul

Le Petit Prince




É por causa de jogadores como este que, apesar da francofilia abjecta dos comentadores de Rugby portugueses, tenho que gostar da França

março 06, 2006

Exigência e Tirania



Dizem-me que sou demasiado exigente. Excepto comigo próprio, digo eu. Tenho tudo para ser um tirano.

Sócrates na Finlândia e os almoços grátis



Ao que parece, Sócrates anda buscando inspiração na Finlândia para o modelo educacional do país. Sinceramente, faz bem. Muito bem, mesmo. Só há aqui uma questão: com o nosso Estado, o sistema educativo à moda finlandesa é absolutamente impraticável.
Levantam-se claramente vários problemas, desde logo o conceito absolutamente nuclear na Finlândia de respeito pelo próximo e pela coisa pública. Levanta-se também o problema da inoperância criminosa do Estado português, que mantém uma organização à anos 30. Mas o fulcro da questão encontra-se no modelo que se pretende para Portugal.
Não podemos continuar na ilusão de pretendermos que o Estado nos garanta alguma coisa a descontarmos 30 ou mesmo 40% dos nossos rendimentos. Não se pode pedir constantemente a mama do Estado (reflexo condicionado de todo e qualquer português), quando ninguém a reabastece. Ou se assume um Estado-Providência, em que os contribuintes descontam 60% dos seus rendimentos, ou então admite-se a incapacidade do Estado em prestar a maior parte dos serviços sociais e os contribuintes descontam 20%, ou coisa que o valha. Não há almoços grátis. É esta a verdadeira questão que Sócrates, e a classe política de modo geral, deveria colocar aos portugueses quanto antes.

Liberdade



Este "post" resume a razão de considerar o Vasco Pulido Valente, além do melhor cronista português (deixando os outros a léguas), um homem livre, na verdadeira acepção de Liberdade. Contra os intelectualmente honestos um Homem insurge-se e afirma o ódio por alguém. É um exemplo a seguir. Contra a flacidez, contra os bem-pensantes dos consensos nacionais, contra o nacional-guterrismo que trocida os que dizem de sua justiça, sigamos o caminho do vpv: sejamos livres. E responsáveis.

março 01, 2006

Prazer...



Finalmente arranjei as músicas do Ennio Morricone relativas ao "O Bom, o Mau e o Vilão" e ao "Por mais alguns Dólares"... E é ouvir sem parar...