Um dia destes...

...Escreverei sobre Fé, PCP, Alentejo e homogeneidade social de Portugal num só post. Não acreditam? Só preciso de tempo.

1000 visitas

É verdade. Chegámos às 1000 visitas. O que se traduz numa fraca afluência. De qualquer modo, há que agradecer aos vistantes que por cá passam. Com maior ou menor frequência, cá vamos escrevendo umas coisitas, umas melhores, outras piores. Ninguém é perfeito, mas vamos melhorando. Cá continuaremos.

Freitas do Amaral

Não posso deixar passar este dia sem comentar o artigo de Freitas do Amaral. A pessoa em questão, notável Professor de Direito, sempre foi um político reles e vira-casacas (AD, governo PS-CDS, deriva para a Esquerda). O vira-casaquismo sempre me cheirou a pequena traição, sendo que para a traição só há uma pena: a Morte. Assim, este senhor, se, em termos políticos, já me dizia pouco, a partir de hoje morreu. E sei que, pelo menos na Direita democrática que um dia ajudou a criar, não obterá nem um voto numa futura candidatura presidencial. Também não vai ser com os votos do PS que lá vai...

'Tou para ver...

...se o meu colega Sócrates ainda vai conseguir ficar dependente do PCP para criar uma maioria. Pelo andar da carruagem, para lá caminha.

Mais Perto dos Homens

Há já uns tempos que não gostava tanto de um filme:

É dos poucos filmes em que o Amor é retratado numa versão puramente masculina. Sim, este é um filme de Homens. É, talvez, o único em que as três principais componentes do Amor claramente masculinas são inequivocamente expostas: a capacidade de ceder, que, em certos casos, leva à capacidade de perdoar; a Vingança, que se mistura com o Ciúme; e, sobretudo, a Cobardia. Todo e qualquer Homem é um enorme cobarde no que ao Amor diz respeito. E, quanto a esta última vertente do Amor masculino, o filme é extraordinário. Em todos nós há qualquer coisa de Larry (Clive Owen) ou de Dan (Jude Law). Eu, pessoalmente, sou quase totalmente do tipo Larry. Aliás, é das personagens de cinema que mais gostei de ver.
Em contraponto, fui ver o Alfie. É o filme mais descaradamente feminista que tive que ver. O arquétipo do engatatão que depois se arrepende do tipo de vida que leva está estafado. Deve ser mesmo só para algumas mulheres irem ver o Jude Law e encarnarem nele as suas frustações amorosas...
Por isso, senhores e, sobretudo, senhoras, vejam o "Closer" ("Perto Demais"), para ver se aprendem qualquer coisita. Thumbs Up!

Espelhos perfeitos

Para novo-rico que, supostamente, não esqueceu as suas raízes suburbanas/rurais e é do PS só porque fica bem, temos o Líder em pose de convidado de casamento que já só pensa na comezaina:

Para novo-rico estabelecido, que frequenta os sítios supostamente mais "in" e adora exibir a sua fluidez monetária, temos o Líder em pose de engate na Kapital:

Triste sina, a nossa...

Acerca de tsunamis e Engenheiros

Há notas importantes que não podem deixar de ser feitas:

1. Os especialistas mais aptos para o comentário do fenómeno são, sem dúvida, os Geólogos (a SIC cometeu o erro de convidar um colega de Estruturas para explicar o que sucedeu, o que se trauiziu num chorrilho de banalidades e erros).
2. Os especialistas mais aptos para determinar as consequências somos nós, Engenheiros de Estruturas. Embora não tenhamos um conhecimento tão profundo dos próprios mecanismos associados a Tsunamis e terramotos, só Engenheiros que trabalhem no domínio de Estruturas (Civis ou Mecânicos) têm compreensão das implicações que a propagação das ondas, quer sob a forma de Tsunami, quer sob a forma de oscilações do terreno, têm nos edifícios.
3. A energia associada à onda gigante é arrasadora. Arrisco-me pensar que os danos seriam menores caso o epicentro fosse em terra, por as casas serem, na maior parte, barracas ou similares. A água é, e sempre será, o maior inimigo do Homem no que diz respeito à Engenharia Civil.

Vazio interior

Pouco há a dizer. Mais vale estar quieto do que escrever só por escrever.

Frigood: sociologia ao mais alto nível

Raros são os sítios em que se possa fazer uma análise social tão boa como num café. E a cafetaria (Frigood) do condomínio onde trabalho (em S.Marcos - Cacém), nesse aspecto, é paradigmática. Um dos momentos que mais gosto em todo o dia é quando lá vou tomar o pequeno-almoço. Talvez por sempre ter vivido em "Lisboa Cidade", achei curiosidade em notar diferenças entre mim e as pessoas dos subúrbios. Que as há, e são claras. As meninas são todas morenas louras, algumas com cabelos permanentados (quando é que as morenas se convencem que ficam mal louras/alourados?); já os homens usam calça de ganga larga e blusão de cabedal quase até aos joelhos; os putos com a pala do boné a apontar para o céu e brinco/piercing. E eu observo, deleitando-me, e reconheço traços comuns a grandes amigos meus do Alentejo que, efectivamtente, residem na periferia da Capital. Nota-se também as dificuldades económicas de muitos deles. É um ambiente de cultura para a Esquerda pura e dura. É àquelas pessoas que a Direita deve dar respostas, não aos bem estabelecidos.

Velhas amizades

Neste momento, estou à conversa com um velho amigo meu (e também da Leonor). A sua principal característica foi sempre ter conversas com um fundo psico-filosófico, o que granjeou fama de chato e alcunhas tais como "Sócrates". No entanto, sempre gostei de falar com ele, e o mais engraçado é que, passados anos e anos sem um contacto de grande regularidade, conseguimos falar sobre temas profundos como Religião, o Amor, por aí. Sempre teve a paixão da música, pelo que o seu blog passaria sempre por ela. Assim, aconselha-se vivamente uma passagem por lá, e acrescenta-se o link. Grande abraço, João!