Geotecnia #3
A mudança na minha vida que referi há dois posts atrás diz respeito ao facto de ter deixado de trabalhar e cursar mestrado em Geotecnia. Neste momento, estou a tratar os dados de um dos ensaios mais correntes em caracterização de solos: o ensaio triaxial.
Uma incongruência que ressalta quando se estuda inicialmente o triaxial é ele não ser verdadeiramente triaxial: é, no máximo, axissimétrico (tensão axial e tensão radial). No entanto, pela versatilidade e pela facilidade na compreensão da trajectória de tensões que levam o solo à rotura, este é muito utilizado. Tem uma desvantagem, por vezes com conequências graves na estimação dos parâmetros resistentes: a amostra não deverá sofrer alteração desde a sua recolha até à fase de ensaio.
No triaxial, leva-se o solo à rotura por aumento da tensão axial do provete, mantendo a tensão radial (hidrostática) pela pressão da água existente na câmara triaxial. O incremento de tensão axial é conseguido através da subida de um êmbol, ao qual reage um pistão (num post mais à frente, vou pôr imagens do triaxial, mas agora não tenho paciência nem tempo para isso...).
Apesar de simples no procedimento e nas conclusões a tirar, o tratamento de dados está a revelar-se bem complicado. Quem diria que o good old triaxial iria ser tão complicado...
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Home