Viagens na minha terra #2: Pavia-Malarranha-Casa Branca

Retomando uma linha prometida desde o início, não pode deixar de se aconselhar a todos os que puderem uma viagem de reencontro com a Natureza e, seguramente, das mais belas que se podem fazer pelo Alentejo.
Começando por Pavia, aponta-se desde logo a Capela Megalítica. Vale a pena perder um pouco de tempo e explorar velhas estradas de terra batida em busca de antas, esses monumentos à morte, o mais antigos dos medos.
Saindo de Pavia, há que tomar a direcção de Avis. Inevitavelmente, passar-se-á por uma ponte romana, que foi alvo de um crime arquitectónico, absolutamente irreconhecível. De qualquer maneira, a paisagem é de contemplar. Cerca de 1 km mais à frente, aparece um cruzamento. Virando-se à direita, embarca-se num caminho absolutamente único. São mais de 10 km de Natureza em estado bruto, sendo rara a vez que não se avista uma lebre, uma águia, um ouriço. Para os mais românticos, vale a pena estacionar junto a uma represa que lá existe caso se faça a viagem de noite, a contemplar o céu estrelado ou o luar reflectido nas águas. Mais à frente, surge a opção de virar à esquerda, na direcção da Malarranha. Embora não tenha nada de especial interesse (é constituída por montes dispersos), a Malarranha possui uma particularidade: é a única freguesia do Concelho de Mora que é maioritariamente do PSD, o que valeu aos seus moradores o epíteto de "Fascistas". Regressando à Estrada da Malarranha, vira-se na direcção Casa Branca. A beleza selvagem continua. Os mais destemidos podem desviar-se na cruzamento para as Tesas, mas atenção! Devem benzer-se 3 vezes, para espantar as bruxas. Não tendo seguido este caminho, chega-se, por fim, a Casa Branca. Não é uma localidade especialmente bonita, mas está no meu coração. Para os amigos do bom vinho, não se pode deixar de fazer uma visita à adega do Mouchão, a cerca de 4 km