novembro 08, 2004

EUA e Europa(queda da França)



Vitória absoluta de Bush! Nada me deu mais satisfação nestes últimos tempos que ver a maior parte dos críticos desta Administração meterem a violinha no saco... Alguns afirmam mesmo que os americanos são estúpidos. É a arrogância e a cegueira que invadiu a Europa, e que, passados 100 anos, ainda não desapareceu. Um país que, em 230 anos de história, se transforma numa Superpotência, com clara supremacia económica, militar, científica e cultural, é e sempre será digno de admiração.
O grande problema da Europa é o facto de a liderança política do processo de integração estar entregue à França. A França, desde o fim da 1ª Guerra Mundial deixou de desempenhar o papel de potência. Só que os franceses mantiveram-se na ilusão que tinham alguma importância, tal como Portugal, mantendo-se num estado patético de arrogância cultural em relação aos restantes povos. Deve ser por isso que a nossa élite é tão francófila...
Efectivamente, o grande motor da construção europeia foi e terá sempre que ser a Alemanha. E a Alemanha tem que o assumir cada vez mais, não só no que diz respeito à Economia, mas também em termos de Política Externa e de Defesa. Não podemos estar dependentes da agenda de um país com poder decrescente, ainda por cima com um estatuto ridículo no meio da aliança atlântica. Caso a Alemanha se mantenha na cruzada pacifista absurda, reminiscência dos traumas da 2ª Guerra Mundial, a parte militar terá que ser garantida na UE pelos Britânicos, o que constituiria um revés ao processo de integração europeia. De que qualquer maneira, seria sempre muito mais interessante um eixo anglo-alemão do que um eixo franco-alemão. Porque, na verdade, a base para o actual desenvolvimento dos Estados Unidos foi a mistura explosiva dos puritanos da Nova Inglaterra com os alemães fugidos do caos da Europa Central.
Ainda no que diz respeito às relações atlânticas, há a destacar um aspecto. Os Estados "pró-Bush" de dimensão considerável - Reino Unido, Itália e Polónia (em tempos mais esclarecidos, também a Espanha) - são países em que não se remete para segundo plano a política de Defesa. Ninguém leva a sério as disposições de Estados incapazes de impor as suas regras. Se mergulharmos na onda pacifista, seremos engolidos e alvos muito mais fáceis de eventuais inimigos. e não nos esqueçamos: a actual supremacia dos valores do Ocidente só existe pelo facto de ser do nosso lado que a supremacia MILITAR tem ocorrido, e por a maior parte dos avanços científicos mais revolucionários estarem associados a esforços de investigação na área da Defesa.

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