novembro 29, 2005

Porquê Monárquico?



Retomando a promessa há muito feita, e num tempo em que há que questionar o papel que o Chefe de Estado representa, a questão "porquê Monárquico?" revela-se importante.
Cada vez mais, nesta campanha, se aponta para o Presidente da República como o Homem Providencial, capaz de fiscalizar o Governo e, se necessário, confrontá-lo. É com esta nova figura que Cavaco se prepara para ganhar estas presidenciais. Se ganhar, como é quase certo, tratar-se-á, em conjunto com a dissolução do Governo de Santana Lopes, da mais grave subversão ao regime em Portugal desde início da Democracia a 25 de Novembro de 1975. O voto para cargos unipessoais é extraordinariamente perigoso, já que as agendas políticas tomarão necessariamente um carácter pessoal, o que potencia a origem de fenómenos de Demagogia e Populismo (está é também uma das razões pela quais eu me oponho profundamente a círculos uninominais).
O país com o regime que há mais tempo segue uma linha que se possa designar "democrática" é o Reino Unido. Nele, o Chefe de Estado tem reduzidos poderes. No meu ponto de vista, ao Chefe de Estado (monarca ou presidente da república) deverá ser concedido apenas o direito de veto, ou seja, será o garante do cumprimento da Constituição (conjuntamente com o tribunal Constitucional). A dissolução do parlamento é altamente questionável e, quanto a mim, indesejável, já que subverte a ideia basilar de todos os sistemas democráticos ocidentais: os mandatados pelo Povo têm um compromisso para toda a legislatura. Os Poderes legislativo e, indirectamente, executivo, emanam do Povo.
Percebido o tipo de poderes que advogo para um Chefe de Estado, volto à questão inicial: por que razão um Rei será melhor que um presidente da república, mesmo que o último emane de um parlamento eleito (desejavelmente, com duas câmaras), e não de uma eleição directa, perigosa, como demonstram os tempos actuais? A principal vantagem de se ter um monarca é a perfeita independência do sistema partidário.
Penso que, neste pontos, a vantagem de ter um Rei como Chefe de Estado nem é muito polémica. Uma das grandes questões é: não será a existência de um Rei anti-democrática? A minha resposta é: não, desde que haja um plebiscito que o legitime com alguma regularidade. No meu ponto de vista, esse plebiscito, semelhante ao que se passou na Austrália há relativamente pouco tempo, poderia realizar-se em períodos mais longos que os das eleições legislativas, de 10 em 10 anos, por exemplo. A outra grande questão, especialmente pelo ponto de vista da Esquerda será: o que distingue o Rei dos restantes cidadãos? A resposta não agradará certamente às pessoas de Esquerda, e é nela que a minha faceta profundamente de Direita sobressai: Foi por mérito dos seus antepassados que hoje existimos como país independente, e por isso o pretendente ao trono deve ser Chefe de Estado. O mérito da Família Real Portuguesa faz com que os seus membros estejam acima de qualquer português, pelo menos no respeito que merecem.
E para mim, é este o fulcro da minha natureza monárquica: nenhum regime premeia melhor o mérito. Pessoas que prestam elevados serviços ao país devem ser reconhecidas pela sociedade, por exemplo, com título nobiliáriquicos (note-se que a ascenção a estes títulos deve ser rara e só para grandes feitos, não se deve ir pelo caminho folclórico das actuais atribuições de condecorações da presidência da república). O pior que pode sucedem a uma sociedade é a tendência para a indiferença entre os cidadãos (não perante a Lei, note-se; todos são iguais perante a Lei). No limite, a indiferença leva a estagnação do estímulo para melhorar e atremendas injustiças para quem pretende alcançar uma vida melhor através do esforço pessoal, sendo esta a razão da flaha e da injustiça dos regimes socialistas.

novembro 28, 2005

Efeméride #3



Há um ano e 10 dias, o sonho de quase uma vida inteira esteve ao meu alcance. Pouco depois, esfumou-se por entre os dedos, para se tornar uma miragem inatingível.

Empreendedorismo de treta



Se há coisa que me fascina neste país é ver sempre os chefes das associações patronais a chorarem pela mama do Estado. Acreditamos na iniciativa privada ou não? Que empreendedores de pacotilha são estes que dependem do financiamento estatal para inovarem? São eles o espelho do nosso país: imóveis nos tempos fáceis, optam sempre pelo regaço do Estado quando as coisas apertam. São eles co-responsáveis pelo nosso atraso.

Anti-social?



Serei eu um ser profundamente anti-social? Pelo que vejo no hi5, devo ser, já que tenho menos que a barreira clássica dos 100 amigos. Outros há que têm mais de 1000. Desses que têm mais de 1000, a maior parte diz respeito a gajas boas. Não admira.

novembro 21, 2005

Presidenciais #2

De cada vez que vejo as imagens do Jerónimo de Sousa a dançar no fim de ano e penso que ele foi capaz de esancar a perda de votos do PCP, pergunto-me como é que conseguimos ter 800 e tal anos de História...

Presidenciais #1



Por acaso, olho para um billboard, e será que estou a ver bem? O Manuel Alegre é a nova imagem do ressurgido Banco Pinto e Sottomayor? Não! É mesmo o logótipo da candidatura...

novembro 17, 2005

Geotecnia #3



A mudança na minha vida que referi há dois posts atrás diz respeito ao facto de ter deixado de trabalhar e cursar mestrado em Geotecnia. Neste momento, estou a tratar os dados de um dos ensaios mais correntes em caracterização de solos: o ensaio triaxial.
Uma incongruência que ressalta quando se estuda inicialmente o triaxial é ele não ser verdadeiramente triaxial: é, no máximo, axissimétrico (tensão axial e tensão radial). No entanto, pela versatilidade e pela facilidade na compreensão da trajectória de tensões que levam o solo à rotura, este é muito utilizado. Tem uma desvantagem, por vezes com conequências graves na estimação dos parâmetros resistentes: a amostra não deverá sofrer alteração desde a sua recolha até à fase de ensaio.
No triaxial, leva-se o solo à rotura por aumento da tensão axial do provete, mantendo a tensão radial (hidrostática) pela pressão da água existente na câmara triaxial. O incremento de tensão axial é conseguido através da subida de um êmbol, ao qual reage um pistão (num post mais à frente, vou pôr imagens do triaxial, mas agora não tenho paciência nem tempo para isso...).
Apesar de simples no procedimento e nas conclusões a tirar, o tratamento de dados está a revelar-se bem complicado. Quem diria que o good old triaxial iria ser tão complicado...

novembro 14, 2005

Ligeiras Alterações...



... nos links ao lado. São os blogs mais visitados por moi même. O melhor deles é, sem margem para dúvidas, o grande A Causa foi modificada.

Regresso do guerreiro



Regresso à blogosfera após mudanças na máquina e na vida. Espero ter uma participação mais activa. Se alguém ainda aparecer por aqui, não desesperem!