novembro 25, 2004

Dia da Liberdade



Há 29 anos, Portugal tornou-se uma democracia.

novembro 24, 2004

A Ucrânia, centro de todas as atenções



O clima de tensão que se vive na Ucrânia deveria aterrorizar grande parte das mentes europeias, por ser bastante provável uma guerra civil no maior país europeu, excluindo a Rússia. O que se está a passar, e ainda ninguém o salientou, foi há uns anos previsto pelo demónio da Esquerda, Samuel Huttington, no brilhante "Choque de Civilizações". As tensões entre pró-ocidentais e pró-russos têm como base uma divisão geográfica bastante significativa, sendo a parte ocidental da Ucrânia herdeira da tradição do Reino da Polónia-Lituânia, ao passo que a parte oriental, não só integrou desde sempre a Rússia, como foi o berço desta. Gostaria de confirmar o que digo com dados eleitorais, mas tenho ideia que a situação será semelhante à que envolveu a eleição de Kuchma, em que a divisória era clara, como vem evidenciado no "Choque de Civilizações". Muito do futuro da Europa será comprometido se houver guerra civil na Ucrânia. Será o primeiro grande teste à União Europeia, havendo que confrontar o gigante Russo no seu terreno. Esperemos que não haja guerra. Caso haja, que tenhamos líderes à altura.

Eu escrevo letras muito melhores que as dos "Toranja"



Raízes quadradas de somas subtraídas de funções Rn em Rm, rotacionais de campos vectoriais, cujo integrais de volume são iguais às circulações das respectivas fronteiras, e com divergências iguais a Zero!

Nota: Por definição de rotacional, a sua divergência é nula, por isso é que afirmo claramente que div = 0

O problema...



...vai ser quando os portos seguros se tornarem em portos revoltos. Aí é que a porca vai torcer o rabo...

novembro 19, 2004

Jerónimo, o coveiro



Os meus sentimentos para com o PCP são mistos. Por um lado, um ódio profundo, por serem responsáveis, para sermos conservativos, por um atraso de 15 anos do meu país e de uns bons 25 na minha terra natal (Alentejo). Por outro, são autênticos e rectos, duros (nutro um sentimento semelhante ao do CC), além de eu ter familiares e conterrâneos ligados ao comunismo. Assim, é com satisfação e algum pesar que vejo a nomeação de Jerónimo de Sousa para secretário-geral. Vai contribuir para a degradação do PC para as votações residuais (3-4%). Isto porque não haverá qualquer liderança ideológica, por manifesta falta de peso intelectual da liderança. Enfim, para aqueles lados ainda há Berlim Oriental...

Soares, o quase chéché



De cada vez que abre a boca, Soares dá mostras da crescente senilidade que invade o seu pensamento. As declarações de ontem são a prova disso. Golpes militares? Só se viessem da Esquerda...
Há, contudo, um aspecto da sua análise que não é desprovido de senso. A crispação entre as diferentes visões da Política - Esquerda e Direita - atingiu pontos há alguns tempos inimagináveis. A liderança ideológica do BE e do PP é inegável, ganhando estes um peso muito superior ao que a sua votação conduziria (com clara vantagem, neste item, para o BE). Mas isso não é necessariamente mau. Contudo, o BE resvala muito para o insulto e para a suposta supremacia moral e intelectual, o que se traduz numa campanha de descredibilização de toda a classe política. É à Esquerda, e não à Direita, que Soares deve chamar a atenção. Soares quase chéché, Jerónimo secretário-geral do PCP, Louçã a liderar a oposição... Já houve melhores dias para a Esquerda...

novembro 08, 2004

EUA e Europa(queda da França)



Vitória absoluta de Bush! Nada me deu mais satisfação nestes últimos tempos que ver a maior parte dos críticos desta Administração meterem a violinha no saco... Alguns afirmam mesmo que os americanos são estúpidos. É a arrogância e a cegueira que invadiu a Europa, e que, passados 100 anos, ainda não desapareceu. Um país que, em 230 anos de história, se transforma numa Superpotência, com clara supremacia económica, militar, científica e cultural, é e sempre será digno de admiração.
O grande problema da Europa é o facto de a liderança política do processo de integração estar entregue à França. A França, desde o fim da 1ª Guerra Mundial deixou de desempenhar o papel de potência. Só que os franceses mantiveram-se na ilusão que tinham alguma importância, tal como Portugal, mantendo-se num estado patético de arrogância cultural em relação aos restantes povos. Deve ser por isso que a nossa élite é tão francófila...
Efectivamente, o grande motor da construção europeia foi e terá sempre que ser a Alemanha. E a Alemanha tem que o assumir cada vez mais, não só no que diz respeito à Economia, mas também em termos de Política Externa e de Defesa. Não podemos estar dependentes da agenda de um país com poder decrescente, ainda por cima com um estatuto ridículo no meio da aliança atlântica. Caso a Alemanha se mantenha na cruzada pacifista absurda, reminiscência dos traumas da 2ª Guerra Mundial, a parte militar terá que ser garantida na UE pelos Britânicos, o que constituiria um revés ao processo de integração europeia. De que qualquer maneira, seria sempre muito mais interessante um eixo anglo-alemão do que um eixo franco-alemão. Porque, na verdade, a base para o actual desenvolvimento dos Estados Unidos foi a mistura explosiva dos puritanos da Nova Inglaterra com os alemães fugidos do caos da Europa Central.
Ainda no que diz respeito às relações atlânticas, há a destacar um aspecto. Os Estados "pró-Bush" de dimensão considerável - Reino Unido, Itália e Polónia (em tempos mais esclarecidos, também a Espanha) - são países em que não se remete para segundo plano a política de Defesa. Ninguém leva a sério as disposições de Estados incapazes de impor as suas regras. Se mergulharmos na onda pacifista, seremos engolidos e alvos muito mais fáceis de eventuais inimigos. e não nos esqueçamos: a actual supremacia dos valores do Ocidente só existe pelo facto de ser do nosso lado que a supremacia MILITAR tem ocorrido, e por a maior parte dos avanços científicos mais revolucionários estarem associados a esforços de investigação na área da Defesa.

novembro 02, 2004

República das Bananas



Portugal afunda-se cada vez mais. Hoje, uma Juiz ilibou uma pessoa por falta de provas, quando havia mais do que provas incriminatórias. Havia uma confissão. E, se isso já não fosse suficientemente mau, ainda foi aplaudida por quase todos os meios de comunicação e por grande parte da blogosfera. Porque o que está em causa não é a suposta estupidez da lei (cada vez a acho menos estúpida), é a autoridade do Estado. Quando o Poder Judicial ignora a Lei, tudo é permitido, sem que ninguém tenha acção. Esta decisão foi claramente política, e por isso ALVO DA MAIOR CENSURA.